27/07/2015

Protocolo DGPC / Coca-Cola





A DGPC estabeleceu uma parceria com a marca Coca-Cola no âmbito do projeto “Património Revisitado” que a Coca-Cola Iberian Partners tem em curso e que se constitui no lançamento de três latas com imagens de bens inseridos na Lista do Património Mundial: o Porto, a Torre de Belém e a Floresta Laurisilva da Madeira.

Esta parceria prevê que, como contrapartida à utilização da imagem da Torre de Belém, a Coca-Cola garante, durante dois anos, um mecenato no valor de 10.000 euros e um Mini Bus com 24 lugares que assegurará o transporte gratuito de visitantes entre os nossos museus e monumentos da região de Lisboa. De Terça a Quinta fará, em contínuo ao longo do dia, o percurso equivalente ao Bilhete Cais da História e de sexta a domingo, o Bilhete Lisboa. Serão colocados sinais identificativos junto a todos os locais de paragem.


A assinatura do protocolo relativo a esta parceria decorreu na Torre de Belém às 18.30h no dia 24 de julho.

24/07/2015

Dia da Arqueologia no Museu Nacional de Arqueologia





O trabalho de um arqueólogo é apenas uma parte de um longo processo, que não se esgota na investigação em gabinete e no campo, na recuperação, inventariação e estudo de artefactos. Há que também dar a conhecer esses objetos ao público, para que este valorize e entenda o seu passado, através de exposições e outras atividades.
Um dia normal no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa (Portugal), inclui atividades como: inventariação de peças que compõem o seu acervo; apoio a investigadores externos que, no âmbito de projetos universitários, estudam espólio em depósito no museu seja facultando dados dos sítios arqueológicos como disponibilizando o acesso a uma biblioteca especializada; visitas e diversas outras ações promovidas pelo serviço educativo por forma a sensibilizar sobretudo o público escolar; conservação e restauro de artefactos arqueológicos da sua coleção ou de outras instituições.
No entanto, há projetos que são desenvolvidos em parceria com instituições com o mesmo intuito – promover a educação do passado arqueológico – sendo que, grande parte destes projetos passa pela criação e apoio a exposições. Hoje em dia, para além da conceção da exposição há que garantir um plano de atividades associado para conquistar o grande público, onde se inclui um projeto europeu desenvolvido neste Museu com o objetivo de proporcionar aos visitantes uma mudança de perspetiva face aos objetos museológicos e aos museus: Projeto Eurovision: Museums Exhibiting Europe. Esta estratégia aproveita várias efemérides (como esta) para se trabalhar nessa sensibilização e reforçar a identidade das pessoas com o seu património.
Este ano, à entrada do Museu Nacional de Arqueologia, encontra-se uma exposição de rua itinerante sobre as estelas com escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro. Esta está concebida para mostrar como este fenómeno resulta de um processo histórico e patrimonial e interagir com o espaço público. Após mais de dois séculos de investigação sobre o tema, a exposição apresenta conteúdos escritos devidamente ilustrados e está organizada para dar a conhecer este período, a escrita do Sudoeste, onde habitavam e como viviam e morriam essas comunidades, os investigadores, os conjuntos de estelas conhecidos. Teve-se o cuidado de produzir um discurso contemporâneo e criativo para fazer a mensagem chegar a mais do que um tipo de visitante, sendo transversal nas faixas etárias, no nível de conhecimento e nos graus de interesse. Assegurou-se ainda que a exposição não tem constrangimentos de acessos e horário, proporcionando ao visitante uma curta duração no tempo de visita. Refira-se ainda que esta é bilingue (português e inglês), permitindo uma compreensão dos conteúdos por visitantes além-fronteiras.
Aqui há ainda lugar para admirar uma abordagem contemporânea do tema pelos artistas plásticos El Menau e Ângela Menezes através da apresentação de uma pintura mural sobre o tema e de uma instalação contemporânea no espaço contíguo à exposição.
Esta mostra resulta de uma colaboração da Câmara Municipal de Loulé com o Projeto ESTELA. Este projeto tem a preocupação de transformar o conhecimento científico adquirido no reforço da identidade das pessoas com o seu património e de criar com esta informação uma paisagem cultural. Nascido em 2008, tem por primeiro objetivo a sistematização da informação das estelas com escrita do Sudoeste, através da caracterização dos contextos, da cultura material e do território dos sítios arqueológicos da serra do Algarve e do Alentejo, contribuindo para a revisão e produção de conhecimento sobre a sociedade que aí habitou, nos meados do 1º milénio a.C..

No dia 24 de julho, com base nesta exposição, o Museu Nacional de Arqueologia, o Projeto ESTELA e o Projeto Eurovision: Museums Exhibiting Europe vão desenvolver diversas atividades, como visitas guiadas, ateliers e oficinas pedagógicas, assim como a apresentação de soluções digitais para, de forma mais interativa, dar a conhecer um dos maiores mistérios e tesouros da arqueologia europeia – a escrita do Sudoeste, a primeira manifestação, bem caracterizada, de escrita da Península Ibérica e uma das mais antigas da Europa e que está, ainda hoje, por decifrar.

17/07/2015

O Museu Nacional de Arqueologia organizou uma atividade com a colaboração simultânea do Projecto Estela e da Associação Welcome People&Arts, parceiros do projeto europeu EMEE - Eurovision

Decorreu no passado dia 8 de julho, no Museu Nacional de Arqueologia (MNA), uma atividade organizada pelo projeto europeu EuroVision – Museums Exhibiting Europe (EMEE), em colaboração com dois dos seus parceiros: o Projecto Estela e a Associação Welcome People&Arts (AWPA).
Ao longo da manhã e ao início da tarde, a AWPA trouxe ao museu mais de 30 crianças provenientes da Ludoteca da Outurela (Oeiras).   Após terem participado numa visita guiada à exposição “Quem nos escreve desde a Serra” (no exterior) e à “Exposição evocativa de A I Idade do Ferro no Sul de Portugal: Epigrafia e Cultura – 1980-2015” (no interior), conduzidas por Pedro Barros, do Projecto Estela, os participantes puderam depois viajar até ao passado, gravando o nome em “Escrita do Sudoeste” na sua própria estela em pedra com a ajuda dos elementos do projeto EMEE. O grupo teve ainda a oportunidade de visitar outras exposições do museu, nomeadamente as exposições Tesouros da Arqueologia Portuguesa,  “Antiguidades Egípcias” e “O Tempo Resgatado ao Mar”, tendo os grupos sido guiados pelos elementos do projeto EMEE, Isabel Inácio e Mário Antas

Trata-se de um acontecimento inédito, visto que pela primeira vez o Projeto EMEE conseguiu desenvolver, no MNA, uma atividade que envolvesse simultaneamente dois dos seus parceiros no referido projecto europeu, trazendo novos públicos ao museu 











10/07/2015

Peça do mês de julho

O Museu Nacional de Arqueologia (MNA) possui um acervo de muitos milhares, na verdade centenas de milhares, de objectos. Provêm eles de intervenções arqueológicas programadas ou de achados fortuitos, mas também de aquisições, tendo sido incorporados por iniciativa do próprio Museu ou por depósito ou por doação de investigadores e colecionadores.

Todos os períodos cronológicos e culturais, e também todos os tipos de peças, desde a mais remota Pré-História até épocas recentes, neste caso com relevo para as peças etnográficas, estão representados no MNA. Às colecções portuguesas acrescentam-se as estrangeiras, igualmente de períodos e regiões muito diversificadas.

O MNA é ainda o museu português que possui no seu acervo a maior quantidade de peças classificadas como “tesouros nacionais”.

Existe, pois, sempre motivo de descoberta nas coleções do Museu Nacional de Arqueologia e é esse o sentido da evocação que fazemos, em cada mês que passa.


POLICROMIA DA MORTE
A arqueologia do naufrágio na obra do pintor Jean-Baptiste Pillement
Por Jean Yves Blot, com Maria Luísa Blot






Em 1987, um comprador anónimo adquiriu dois quadros do pintor francês Jean-Pillement (1728-1808) num leilão organizado no Mónaco pela galeria Sotheby. Os dois quadros pertencem hoje ao espólio do MNA e correspondem a uma experiência pessoal vivida pelo pintor na costa norte de Peniche, no decurso da sua última estadia em Portugal, em 1786.


 Morrer é uma queda surda, um abismo individual cavado no rio da vida.

               Milhares de navios morrem todos os anos nos mares do mundo.

               Mas para o navio, morrer é um ato coletivo.


A meio caminho entre a peça jornalística e a obra de arte, os dois quadros de Jean Pillement conservados no MNA fornecem uma visão privilegiada de momentos fugazes por essência.

Num caso trata-se da morte de um navio de guerra, noutro do resgate da carga do mesmo, proveniente de América do Sul, como tudo o resto.

O conjunto presta-se a um exercício privilegiado de arqueologia da morte: a do navio e a dos seres humanos que vinham a bordo.

O tema, apresentado no MNA, resulta da investigação do autor no que diz respeito ao navio e da investigação da arqueóloga Maria Luisa Pinheiro Blot no que diz respeito a thanatoarqueologia, disciplina na qual adquiriu formação há três décadas junto do professor Dr. Henri Duday, da universidade de Bordéus, em previsão das campanhas arqueológicas que tiveram lugar na costa de Peniche entre 1986 e1994.



Thanatoarqueologia em Peniche: apresentação por Maria Luisa Pinheiro Blot (Peniche de Cima,1988) do método de escavação em suspensão no estaleiro San Pedro de Alcantara. A grelha colocada em cima dos vestígios osteológicos permite a arqueóloga o registo a escala 1/5 do conjunto dos indivíduos associados ao acidente de Fevereiro de 1786.




"Indivíduo X6: Fracturas múltiplas do crânio/presença de uma hemi-face esquerda desconectada do resto dos fragmentos do crânio. Fractura da mandíbula em duas partes. Ausência da parte posterior do crânio, perdida antes da inumação do cadáver. Fracturas múltiplas das costelas. Ausência parcial ou total das extremidades dos membros superiores (mãos). Fractura, com sobreposição, da parte distal do úmero esquerdo (...)"

(Maria Luísa Pinheiro Blot, Relatório da campanha arqueológica SPA-Terra-1988). (desenho: M.L. Pinheiro Blot, 1988) (repr. de Blot et al., 2008: Concerto para Mar e Orquestra.
Peniche, Câmara Municipal de Peniche).

Iluminação da instalação artística no relvado do MNA







Desde o passado dia 3 de julho, é possível, durante a noite, admirar a instalação artística da autoria de Angela Menezes, que se encontra iluminada em tons contrastantes com a do Mosteiro dos Jerónimos, conjunto monumental em que o MNA se encontra instalado.
Relembramos que esta instalação artística se insere na mostra itinerante “Quem nos Escreve desde a Serra”, que inaugurou no passado dia 30 de maio, dedicada às estelas com Escrita do Sudoeste encontradas na serra Algarvia, e que resulta de uma colaboração com a Câmara Municipal de Loulé e o Projecto ESTELA. A complementar esta mostra, e sendo o MNA a instituição com a maior coleção de estelas com aquela escrita, não podia deixar de fazer uma evocação, 35 anos depois, da exposição “A I Idade do Ferro no Sul de Portugal: epigrafia e cultura”, que pela primeira vez se focou em tão importante legado em território nacional.

07/07/2015

Inauguração de exposição de António Adauta dia 9 de Julho às 18h

Carregue na imagem para ampliar
No próximo dia 9 de Julho inaugura às 18h a exposição  comemorativa do jubileu de prata "Antónia Adauta XXV anos a artesanar". Entrada Livre.

02/07/2015

Já visitou as novas exposições do Museu Nacional de Arqueologia?

Este próximo domingo, o primeiro deste mês, aproveite a entrada gratuita nos museus e visite-nos. 
Temos para si três recentes exposições:


1 - Exposição de rua itinerante "Quem nos escreve desde a Serra", organizada pela Câmara Municipal de Loulé e pelo Projecto Estela, com a colaboração da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e do Projeto Eurovision.








2 - Exposição dossier evocativa dos 35 anos da exposiçao "A I Idade do Ferro no Sul de Portugal: Epigrafia e Cultura".








3 - Exposição "Arte Copta e do Oriente Cristão".





No próximo domingo venha ao Museu Nacional de Arqueologia e visite as nossa exposições.